Salute

Ontem estava assistindo a Sportv e ví um interessante documentário a respeito do que ocorreu na Olimpíada de 1968:



Dois atletas americanos, Tommy Smith e John Carlos, resolveram protestar no pódio contra a segregação racial nos EUA, eles haviam sido 1º e 3º na corrida dos 200 m. E o segundo colocado, o atleta australiano Peter Norman, apesar de branco, resolveu aderir ao protesto também.
Para o pódio, John e Tommy haviam planejado usar luvas pretas. Carlos porém esqueceu as suas na vila olímpica, foi então que Peter sugeriu aos dois que cada um usasse cada mão da luva. E Peter Norman ainda pediu para usar um casaco com o símbolo da campanha "Projeto olímpico para os direitos humanos (OPHR)" que tinha o propósito de alertar ao mundo sobre a segregação racial.

Houve então a cena histórica:

Repare no símbolo branco no peito dos atletas. Era o símbolo da campanha "OPHR".
O que ocorreu com os atletas após este evento? Foram esquecidos pela mídia americana e australiana. Receberam ameaças de morte e impedidos de competir na próxima olimpíada. Tiveram uma curta carreira no futebol americano.

O tempo passou e em 1996 os jogos foram em Atlanta. Homenagearam os maiores medalistas olímpicos americanos de todos os tempos. Tommy Smith e John Carlos foram solenemente ignorados.

Em 2000 houve os jogos de Sydney. Vários atletas australianos foram homenageados. Peter Norman foi esquecido. É bom lembrar que o recorde australiano dos 200 m é de Norman até hoje (20.06 s).

Tommy Smith e John Carlos ainda estão vivos e receberam recentemente uma homenagem da universidade para qual competiam nas olimpíadas, a Universidade de San Jose.

Peter Norman faleceu em 2006 vítima de ataque cardíaco.

O título deste post, é o título de um filme lançado em 2008 sobre o ocorrido.